Ministrada por integrantes do grupo Teatro do Grande Urso Navegante', o intuito da oficina de musicalização foi capacitar os professores e demais funcionários da Apae de Santo André com novos recursos de aprendizagem para o desenvolvimento dos alunos. A música como instrumento de educação possibilita importantes estímulos na evolução dos alunos, possibilitando melhoras significativas nos quadros de deficiência intelectual e múltipla, desde os mais leves até os mais graves. A oficina demonstrou diversas formas de utilização dos sons nas terapias, usando materiais de baixo custo e de simples confecção.

Além de ver muitas fotos e vídeos, os participantes tocaram instrumentos simples de percussão, fizeram acompanhamento de canções e exercícios teatrais de sensibilidade, tais como movimentos corporais, jogos de integração, memorização e exemplos de atividades musicais adaptadas para alunos com deficiência. 'As aulas foram dinâmicas e os professores se dedicaram em trazer e descobrir quais músicas são de preferência dos alunos. A interação foi feita em roda, de modo que todos puderam ver uns aos outros. Espero que no próximo semestre as aulas continuem, pois foi de grande valia para nós professores e mais ainda para os alunos', afirma Laysla Bohlhalter, professora da Apae de Santo André.

A oficina focou no aspecto criativo, utilizando a linguagem musical no processo educacional, favorecendo o bem-estar e o crescimento das potencialidades dos educandos, já que fala diretamente ao corpo, à mente e às emoções, contribuindo assim para uma inserção mais significativa na sociedade. Foram duas sessões de 2 horas que contaram com a presença de 35 professores e colaboradores da Apae de Santo André. 'A musicalização proporcionou aos alunos a diversidade de ritmos e expressão corporal. Contribuiu para o desenvolvimento das habilidades quanto à socialização e comunicação no decorrer das atividades que eram propostas com os alunos com deficiência intelectual e múltipla', comentou Fabiana Gonsalves, também professora da Apae.

A oficina foi como um todo, um momento de renovação de fôlego para os colaboradores da Apae, trazendo novas estratégias de como lidar com os alunos com criatividade e leveza. Mesmo com alunos com dificuldades intelectuais severas, ficou claro durante as oficinas que a música e os instrumentos sensoriais podem contribuir muito com seu desenvolvimento e melhoria de suas relações, e consequentemente com sua qualidade de vida.